Quando eu penso que já prendi a escrever um pouco, digo
pouco, porque saio por aí atropelando o português pedindo s.o.s. e desculpas
pelas falhas (vez em quando quem não dá umas derrapadas na língua portuguesa?) pois aqui estou eu querendo ficar por dentro do que vem por aí sabemos o quanto a
língua portuguesa é complexa, cheia de regras, e que realmente é
necessário anos de estudo para saber aplicá-las, e agora meassombra um novo acordo ortográfico gerando polemica entre todos que
já estávamos adaptados com as últimas mudanças desde 2009 com essa nova
escrita.
Mais fácil para quem estar em processo de aprendizado.
Certamente vamos ter que substituir as normas gramáticas inseridas no
nosso aprendizado de anos pelas novas regras que vão levar algum tempo para ser
digeridas por nós na nova maneira de escrever.
Segundo o Ministério de Educação, a medida deve facilitar o processo de
intercâmbio cultural e científico entre os países que falam Português (Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor Leste) e ampliar a divulgação do idioma e da literatura portuguesa.
Dentre os aspectos positivos apontados pela nova reforma ortográfica destacam-se ainda:1) redução dos custos de produção e adaptação de livros; essa deve ser a
principal razão.
2) facilitação na aprendizagem da língua pelos estrangeiros; e
os nativos, não?
3) simplificação de algumas regras ortográficas.
A primeira reforma ortográfica aconteceu no ano de 1911 com a ideia de fugir do latim (deslatinizar) e simplificar
a escrita da língua portuguesa, sem interferir na maneira de falar.
E desde então nos anos subseqüentes, (1915,
1919, 1929, 1931,1934, 1938,1943, 1945, 1971, 1986,1990,1996, 2004, 2009 )entre opiniões
diversas dos expert do assunto a língua portuguesa vem sendo
manipulada de acordo com a vontade dos senhores residentes lá em Brasília, e
agora vem despertando também o interesse do povo brasileiro no sentido de saber
se é realmente viável essas mudanças no atual momento, pois todo o conteúdo
adquirido ao longe dos anos de estudos terão que ser revistos, substituídos , armazenados dentro do nosso PC cerebral, até quando outras mentes ociosas
resolvam mais uma vez “simplificar” a língua portuguesa em beneficio
dos cofres públicos com a redução dos custos de produção do material didático, economizando 2
bilhões por ano voltados para os bolsos, (desculpa) digo cofre deles
próprios.
Assunto gerador de polêmica.
E pensar que até mesmo Luiz Fernando Veríssimo incorreu nessa
confusão quando disse: O que se pretende unificar é a escrita e não a língua,
que varia de região para outra, de um grupo social para outro, de uma situação
de comunicação para outra, de uma faixa etária para outra.
A variação é um fenômeno inerente à língua, porque a sociedade em que
ela é falada é heterogênea. É impossível uniformizar a língua.
O que se pode e se quer tornar una é a ortografia.
Muitos dos que se puserem contra o acordo, principalmente em Portugal,
diziam estar defendendo a língua portuguesa.
Em contra partida assim disse: Fernando Pessoa:
Não tenho sentimento nenhum politico ou social.
Tenho, porém num
sentido, um alto sentimento patriotico.
Minha patria é a lingua portugueza. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente,
mas odeio com odio com verdadeiro, com o unico odio que
sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não
quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa propria, a syntaxe errada, como gente em que se
bata,
a orthographia sem ipsilon, como escarro directo que
me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Assim ele escreveu.
Países de Língua Portuguesa, formada por Angola, Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste buscam a
unificação do idioma.
Mesmo que a ortografia passe a ser una, a pronúncia e o vocabulário não
mudarão. Fala-se que o tempo de absorção de todas as mudanças, ultrapassou o
prazo determinado que foi até o ano de 2013, quando as tornaria obrigatória
agora em 2014.
Ultimamente o que se ouve é que esse prazo de obrigatoriedade foi
estendido pelo governo federal até 2016.
Acontece que pela extensão desse prazo, novas “idéias” já estão sendo
colocadas em nova negociação com os países interessados na unificação da
língua.
Veja abaixo uma lista de palavras que sofreriam mudanças com a nova
reforma ortográficas proposta, fornecida pelo site do Senado:
Fim da letra "h" antes das palavras
Fim da letra "h" antes das palavras
Homem = Omem
Hotel = Otel
Hoje= Oje
Humor =Umor
Harpia = Arpia
Harpa = Arpa
Guerra = Gerra
Guitarra = Gitarra
Chá = Xá
Flecha = Flexa
Macho = Maxo
Analisar = Analizar
Blusa = Bluza
Exemplo = Ezemplo
Exuberante = Ezuberante
Êxito = Êzito
Exigente = Ezigente
Exame = Ezame
Executar = Ezecutar
Existir = Ezistir
Amassar = Amasar
Açúcar = Asúcar
Moço = Moso
Pescoço = Pescoso
Auxílio = Ausílio
Asa = Aza
Brasília = B razília
Base = Baze
Paralisar = Paralizar
Avisar = Avizar
Música = Múzica
Meses = Mezes
Deuses = Deuzes
Pegajoso = Pegajozo
E mais....
Fim do "ç"
Faça viraria
fasa
Fim do "ss"
Fim do "ss"
Passa
viraria pasa
Fim do "sc"
Fim do "sc"
Acrescentar
viraria acresentar
Fim do "xc" e do "c" com som de "s" (como em cenoura)
Excelência viraria eselênsia
Fim do "xc" e do "c" com som de "s" (como em cenoura)
Excelência viraria eselênsia
Hífen deixaria de existir
Couve-flor
perderia o "tracinho"
Fim do "ch"
Fim do "ch"
Chuva
viraria xuva
Fim do "x" com som de "z"
Fim do "x" com som de "z"
Exame
viraria ezame
Fim do "s" com som de "z"
Fim do "s" com som de "z"
Asa viraria
aza
Fim do "u" após o "g" e "q", antes do "e" e do "i"
Fim do "u" após o "g" e "q", antes do "e" e do "i"
Quero
viraria qero
Espero sinceramente que esse “projeto” não siga em
frente.
Que tal pensar em melhorar as estruturas das escolas, o
plano salarial daqueles que ensinam aos que querem aprender com
as ferramentas que possuem,
pois o sistema governamental é
falho e descomprometido em formar cidadãos decentes.
Só em pensar que existe tantas necessidades e o tripé que ultimamente tem sido cantado em prosa e verso pelos políticos e tão cobrado pelo povão, a saúde,
segurança e
prioridade educação, deveriam ser tratados com mais
respeito aos que ensinam, aos que levaram anos aprendendo, aos
que no momento estão em pleno processo de aprendizagem, fico
indignada em ver que mesmo diante dessas necessidades, tem pessoas com
pensamentos preocupados e voltados em projetos sem prioridades e com
justificativas que não condiz com a nossa realidade.
Segundo o SRª Ernani Pimentel, quase ninguém
sabe a ortografia em nosso País.
Encontrar quem saiba usar hífen, j, g, x, ch, s, z,
é algo raro. Até professores precisam recorrer a dicionários para
confirmar como se escreve uma palavra ou outra de tão complexo
que é o nosso sistema.
Que seja, mas isso não é justificativa para tal
mudança.
É Simplesmente ridículo!! É a minha opinião. Quem sabe a sua?
Lembrando que último acordo ortográfico foi em 2009
–que alterou 5% do vocabulário brasileiro, e até hoje promove dificuldades em
escrever com a ortografia correta.
Novas discussões
estão previstas para o começo do ano 2015 para ouvir sugestões que realmente
simplifique a língua , para daí então partir para a Comissão de Educação do Senado, ir a Plenário, passar pela
Câmara, receber sanção presidencial e ainda ser aprovado em outros países.
E o que você pensa sobre mais essa (mais uma)reforma
ortográfica?
Assim eu vejo.
Assim eu escrevo.
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