Mais uma vez
estou revivendo a dolorosa síndrome do ninho vazio.
Os filhos criam
asas e se vão, mas sempre deixam algo para trás como a marcar um território que
tanto tempo fez parte da sua vida.
Assim é no ninho “colo
de mãe”.
Para eles é difícil olhar o ambiente principalmente o seu quarto,
onde esteve tanto tempo e ver que ali agora tem outra personalização,
nada mais resta de seu, aqueles pequenos detalhes que marcaram presença, que fizeram a diferença.
onde esteve tanto tempo e ver que ali agora tem outra personalização,
nada mais resta de seu, aqueles pequenos detalhes que marcaram presença, que fizeram a diferença.
Ainda
restavam alguns pertences dele em casa.
Livros,
material de estudo... informática, revistas, CDs, DVDs etc...
Não
demonstrava muita pressa ou mesmo interesse em levar para o seu novo endereço
suas quinquilharias, penso eu que ele fazia delas um caminho para estar sempre
presente em nossos olhos e em nossos corações., como se isso tivesse algum
fundamento.
É certo que
mesmo distante dos nossos olhos, dos nossos corações não sairá jamais.
Os meses
foram passando, fazíamos programação para encaminhar todo o material ao
endereço novo, mas sempre acontecia um imprevisto atrasando a viagem.
E ele? não
se abatia. Depois nós levamos, dizia sempre.
Como tudo na
vida tem dia certo para acontecer, finalmente conseguimos carregar as caixas,
embarcá-las na pequena camionete sob pingos de chuva como lágrimas de saudades
desde já.
Ele saiu um
pouco á frente abrindo caminho, mas o destino fez com que precisasse voltar e
não participou do desembarque das suas caixas cheias também de lembranças.
Acho que de repente
foi melhor assim.
Já eu de
volta, encontramo-nos na porta de casa, até então também seu antigo ninho e
enquanto conversávamos pude observar o seu semblante sombrio, cabisbaixo, e eu
me senti como se estivesse vivendo mais uma vez o momento em que o meu filho amado
abriu as asas... alçou o voo e retornou agora
para seu ninho novo.
Confesso que
passei o restante do dia pensando em como é difícil para nós mães, filhos se
afastarem mesmo que seja para construir um novo ciclo de vida dando continuidade a sua existência.
“O homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa, e os dois se
tornarão uma só carne." E assim é.
Deixe lá que
agora eu olho o lugar vazio das sinto suas quinquilharias e sinto o vazio do ninho mais uma vez,
pensando em “ Mãe não fecha a porta para filho”
Ah! para minha surpresa... enquanto escrevia.... olha quem chegou?
Oi Elienne gostei de ler teu texto e lembrei que já postei há algum tempo atrás, um parecidinho...No tempo que meus filhos voaram do ninho , não tinha blogue ainda(acho) mas escrevi por causa de uma sobrinha que morou conosco durante o curso de \Medicina e voou.ap´pos acabá-lo.Mas quis Deus, que ela voltasse 3 meses depois pois fora selecionada para Residência. Assim,além dos filhos tenho o ninho vazio pelos sobrinhos ...Bom domingo e abraço carinhoso.
ResponderExcluirOlá, Eliene!!!
ResponderExcluirNão consigo nem imaginar quando os meus deixarem o ninho, vai ser doído.
Sei que faz parte da vida, mas com certeza sofrerei.
Bom domingo!!!
Beijokas, Rê!!!