Mensagem do dia

28 setembro 2014

O ninho " colo de mãe"

Mais uma vez estou revivendo a dolorosa síndrome do ninho vazio.
Os filhos criam asas e se vão, mas sempre deixam algo para trás como a marcar um território que tanto tempo fez parte da sua vida.
                   Assim é no  ninho “colo de mãe”.
 Para eles é  difícil olhar o ambiente principalmente  o seu quarto, 
onde esteve tanto tempo e ver que ali agora tem outra personalização, 
nada mais resta de seu, aqueles pequenos detalhes que marcaram  presença, que fizeram a diferença.
Ainda restavam alguns pertences dele em casa.
Livros, material de estudo... informática, revistas, CDs, DVDs etc...
Não demonstrava muita pressa ou mesmo interesse em levar para o seu novo endereço suas quinquilharias, penso eu que ele fazia delas um caminho para estar sempre presente em nossos olhos e em nossos corações., como se isso tivesse algum fundamento.
É certo que mesmo distante dos nossos olhos, dos nossos corações não sairá jamais.
Os meses foram passando, fazíamos programação para encaminhar todo o material ao endereço novo, mas sempre acontecia um imprevisto atrasando a viagem.
E ele? não se abatia. Depois nós levamos, dizia sempre.

Como tudo na vida tem dia certo para acontecer, finalmente conseguimos carregar as caixas, embarcá-las na pequena camionete sob pingos de chuva como lágrimas de saudades desde já.
Ele saiu um pouco á frente abrindo caminho, mas o destino fez com que precisasse voltar e não participou do desembarque das suas caixas cheias também de lembranças.
Acho que de repente foi melhor assim.

Já eu de volta, encontramo-nos na porta de casa, até então também seu antigo ninho e enquanto conversávamos pude observar o seu semblante sombrio, cabisbaixo, e eu me senti como se estivesse vivendo mais uma vez o momento em que o meu filho amado abriu as asas... alçou o voo e retornou agora para seu ninho novo.  
Confesso que passei o restante do dia pensando em como é difícil para nós mães, filhos se afastarem mesmo que seja para construir um novo ciclo de  vida dando continuidade a sua existência.
 “O homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa, e os dois se tornarão uma só carne." E assim é.

Deixe lá que agora eu olho o lugar vazio das sinto suas quinquilharias  e sinto o vazio do ninho mais uma vez, pensando em “ Mãe não fecha a porta para filho”
Ah! para minha surpresa... enquanto escrevia.... olha quem chegou?
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2 comentários:

  1. Oi Elienne gostei de ler teu texto e lembrei que já postei há algum tempo atrás, um parecidinho...No tempo que meus filhos voaram do ninho , não tinha blogue ainda(acho) mas escrevi por causa de uma sobrinha que morou conosco durante o curso de \Medicina e voou.ap´pos acabá-lo.Mas quis Deus, que ela voltasse 3 meses depois pois fora selecionada para Residência. Assim,além dos filhos tenho o ninho vazio pelos sobrinhos ...Bom domingo e abraço carinhoso.

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  2. Olá, Eliene!!!
    Não consigo nem imaginar quando os meus deixarem o ninho, vai ser doído.
    Sei que faz parte da vida, mas com certeza sofrerei.
    Bom domingo!!!
    Beijokas, Rê!!!

    ResponderExcluir

Para você tudo de bom e um carinho sempre novo em agradecimento pela sua presença no fim do arco iris. Abraços.

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