Mensagem do dia

29 novembro 2015

Um pequeno devastador na minha vida


Confesso que algum tempo sentia-me como um barril de pólvora preste a explodir.
Pressão por todos os lados entre responsabilidades... deveres... imposições, que  fizeram de mim, uma bomba ambulante.....
                     BUM..

No fim dos dias do mês de outubro, lamentavelmente fui picada pelo mosquito Aedes aegypti que contribuiu para a minha transformação física, interferindo na minha aparência agora em uma bomba ambulante deformada.

A Febre Chikungunya ....
.A dor tomou como refém todas as minhas articulações. 
A pele mudou de cor.
Fiquei vermelha e edemaciada.
Cabelos ressecados e quebradiços.
Planta dos pés inchada e dolorida dificultando o caminhar.
Mãos comprometidas com o tato e movimentação.
Envelheci 10 anos em 30 dias.

Naturalmente que ouvimos falar do terrível mosquito e sua picadura invisível, mas de grande comprometimento na nossa saúde.

O que sabemos sobre ele.....
Descoberto no final dos anos 40 na floresta africana de Zika, em Uganda, tendo como hospedeiro o bicho  macaco, sendo detectado no  homem 1968, na Nigéria, mas a sua verdadeira origem é do Egito.

Sabia que no início do século 20, a identificação desse mosquito como transmissor da febre amarela urbana impulsionou a execução de rígidas medidas de controle que levaram, em 1955, à erradicação do mosquito no Brasil?

E que em 1958, o país foi considerado livre do vetor pela Organização Mundial de Saúde (OMS)?
                 Pois é......
Acredita-se que o relaxamento das medidas de controle após a erradicação do A. aegypti permitiu sua reintrodução no país no final da década de 1960.

Verdade, pois houve crescimento de casos da febre amarela no país, fazendo com que a vacina fizesse parte do calendário vacinal, sendo administrada em um espaço de 10 em 10 anos.
No meu calendário consta aplicação no ano 2000...2011, e nova aplicação em 2021.

E hoje o que vemos é o mosquito tomar conta de todos os Estados brasileiros, vitimando grande parte da sua população, gerando casos graves até em quem ainda vai nascer.
O mosquito promove a FEBRE AMARELA... A DENGUE... A FEBRE CHIKUNGUNYA... E A ZICA, AGORA COMPROVADAMENTE CAUSADOR DA MICROCEFALIA.

Gente....o caso é mais sério do que possamos imaginar.
Em uma explicação que nada me convence, a hipótese mais provável para a reintrodução do mosquito no Brasil é a chamada dispersão passiva dos vetores, através de deslocamentos humanos marítimos ou terrestres – dinâmica facilitada pela grande resistência do ovo do vetor ao ressecamento.

Sendo assim.... PENSE...aí vem as festas de final de ano... com seu réveillon tradicional... o pré-carnaval....o carnaval brasileiro agora com 12 dias em Salvador.

E que sobrará para nós depois desse deslocamento humano? As chamadas doenças pós-carnaval?
Gripe... Conjuntivite.... sarampo... o mosquito mais robusto e resistente?
QUE DEUS NOS PROTEJA.
E que ele, o mosquito, não sofra mutações.
Pergunta que não quer calar.
Alguém já ouviu falar de pesquisas sobre vacina contra o veneno do mosquito.?
Pois bem.... Fala-se que em 2018 fará parte do calendário vacinal. Até lá, vamos aprendendo a conviver com as dores imposta pelo maldito mosquito.

Pois bem minha gente... vamos trabalhar, eu e todos vocês, conjuntamente porque diante da verdadeira situação em que a nossa população vem sofrendo, com a cada caso novo servindo só para estatísticas, a solução é travar guerra total contra a praga que assola o mundo de uma maneira devastadora.
Isso sem falar nas outras, nos mais diversos segmentos da nossa sociedade.

Só colocar nas mãos da população a solução desse grande problema, para mim é uma transferência de responsabilidade, haja vista que nas minhas pesquisas e indagações por ai, pude perceber que o veneno, o tal do larvicida, que interfere no ciclo de vida dos mosquitos, é um produto importado, de grande valor comercial e que diante da demanda torna-se inviável a sua distribuição em grande quantidade.
Assim sendo, diminui a sua aplicação, restringe logradouros, deixando ou mesmo culpando toda a população pelo crescimento da praga.

Temos consciência de que a nossa contribuição é de fundamental importância para guerrear contra o mosquito, mas infelizmente mesmo recrutando toda a nossa população sabemos que não existirá 100% de adesão.
Portanto vamos sair da nossa zona de conforto, colocar nossos paramentos e partir para a luta.

Particularmente tenho a minha consciência tranquila.
Sou moradora em um corredor de casas, e por iniciativa própria tornei-me uma fiscal do "meu" meio ambiente.
Procuro manter a higiene local, com varrição do espaço... Coleta de resíduos que possa contribuir para a proliferação do mosquito... Manutenção de plantas em vasos adequados... Conversa com os meus vizinhos, (sou uma chata para alguns... dona do pedaço para outros), mas vou seguindo em frente em prol de todos os moradores. 
Custeie limpeza de um terreno o qual os moradores deixaram cheio de resíduos e até hoje mantenho a fiscalização para evitar novos acúmulos de lixo.
E tudo agora está comprometido pela minha falta constante no campo de guerra por conta do mosquito.

Seria irônico se não fosse trágico, ficar entre risos e ais.
Por ironia do destino o mosquito achou de picar justo a mim que sou sua principal combatente.
São quase 40 dias de dor e limitação corporal

Estou em falta com meus companheiros de jornada nas redes sociais.
Difícil o manuseio do PC.
Confesso que o cansaço mental e a fatiga causou prostração e abatimento.
Quer me ajudar nessa luta.
É para nosso próprio bem.

                 Veja o pequeno devastador
imagem=net

                           PORTANTO.....

Evite o acúmulo de água

O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.

Coloque areia nos vasos de plantas

O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.
Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de febre chikungunya devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente.

Limpe as calhas

Grandes reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais produtivos de febre chikungunya, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.

Coloque tela nas janelas

Embora não seja tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito Aedes aegypti. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.

Lagos caseiro e aquário

Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco de febre chikungunya deixou muitas pessoas preocupadas. Porém, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.
Seja consciente com seu lixo
Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas. Não coloque lixo nas portas dos seus vizinhos. Aguarde a coleta. Queira para o seu vizinho tudo aquilo de certo e bom como se fosse para você.

Uso de repelentes

O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método paliativo para se proteger contra a febre chikungunya. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja, a duração e a eficácia do produto são temporários, sendo necessárias diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

Suplementação vitamínica do complexo B

Tomar suplementos de vitaminas do complexo B pode mudar o odor que nosso organismo exala, confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie de repelente.

 photo assinatura_7_zpsff26786e.gifVamos lá minha gente.... essa batalha é nossa, e se queremos vencer, vamos á campo.

17 novembro 2015

Um rio de súplicas

 Mais uma vez o Brasil chora
Carlos Drummond de Andrade em 1984 escreveu um poema que parecia prever o desastre provocado pelo rompimento de uma barragem de resíduos minerais na região de Mariana, no Estado de Minas Gerais no último dia 5 de novembro.

Foi varrido do mapa o distrito de Bento Rodrigues deixando um rastro de destruição e a população de várias cidades ao longo do rio que banha 29 em Minas Gerais e 11 no Espírito Santo, como Governador Valadares, que sem água potável espera ajuda de outras cidades circunvizinhas para matar a sede do seu povo.

No tempo de Drummond o rio ainda era doce... hoje é  lama e desolação em seus 853 quilômetros....o maior desastre ambiental da região mineira que certamente as gerações de hoje nunca mais verão o Rio Doce no seu grande esplendor, levando vida e beleza por onde passava.
Amargamente continua passando...agora já não tão doce....nem de leva carga, mas cheio de súplicas e de dor.

              “Lira Itabirana”
       I
O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.

     II
Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!

      III
A dívida interna.
A dívida externa
A dívida eterna.

         IV
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?
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