Aos habitantes de uma pequena
ilha, a alegria... a tristeza... a vaidade...a sabedoria...o amor...e outros
sentimentos, certo dia, foram avisados que essa ilha seria inundada.
Preocupado, o amor cuidou para
que todos os outros se salvassem, falando: Fujam todos, a ilha vai ser
inundada.
Todos se apressaram a pegar seu
barquinho para se abrigar em um morro bem alto, no continente.
Só o amor não teve pressa.
Quando percebeu que ia se afogar,
correu a pedir ajuda.
Para a riqueza apavorada, ele
pediu:
Riqueza leve-me com você.
Ao que ela respondeu:
Não posso, meu barco está cheio
de ouro e prata e não tem lugar para você.
Passou então a vaidade e ele
disse:
Dona Vaidade leve-me com você...
Sinto muito, mas você vai sujar
meu barco.
Em seguida, veio a tristeza e o amor
suplicou:
Senhora Tristeza posso ir com
você?
Amor estou tão triste que prefiro ir sozinha.
Passou a alegria, mas se encontrava
tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela.
Então passou um barquinho, onde
remava um senhor idoso,
e ele disse:
Sobe amor, que eu te levo.
O amor ficou tão feliz, que até
se esqueceu de perguntar
o nome do velhinho.
Chegando ao morro alto, onde já
estavam os outros sentimentos, ele perguntou à sabedoria:
Dona Sabedoria, quem era o senhor
que me amparou?
Ela respondeu: O tempo.
O tempo? Mas por que ele me
trouxe aqui?
Porque só o tempo é capaz de
ajudar e entender um grande amor.
Pois
é...
Dentre todos
os dons que a Divindade concede ao homem, o tempo tem lugar especial.
É ele que
acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certo.
É ele que
cicatriza as feridas das profundas dores, colocando o algodão anestesiante nas
chagas abertas.
É o tempo
que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão, adquirindo
ponderação e bom senso.
É o tempo
que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e
paciência, quando o passo já se faz mais lento.
É o tempo
que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios.
O tempo é,
enfim, um grande mestre, que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera
que cada um a sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz.
E é o tempo,
em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro amor supera
a idade, a doença, a dificuldade, e permanece conosco para sempre.
A verdade é
que neste mundo, tudo tem a sua hora.
Cada coisa
tem o seu tempo.
A o tempo de
nascer e o tempo de morrer.
Tempo de
plantar e de colher.
Tempo de
derrubar e de construir.
A o tempo de
se tornar triste e de se alegrar.
Tempo de
chorar e de sorrir.
Tempo de
espalhar pedras e de juntá-las.
Tempo de
abraçar e de se afastar.
O tempo de
calar e de falar.
A o tempo de
guerra e o tempo de paz.
Mas sempre é
tempo de amar.
(Com base no
cap. 3, versículos 1 a 8 do livro Eclesiastes,
da Bíblia.)
da Bíblia.)
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