Não
gosto quando fala mau da minha gente. A
Bahia é acolhedora e seu povo é extremamente caloroso com todos que por aqui
passam.
Foge completamente a realidade
as duras críticas quando se referem ao jeito do povo baiano como preguiçoso,
por ser ou ter um gingado malemolente que
termina sendo seu jeito especial de ser.
Pense no molejo... O modo de caminhar
dos malandros, dos capoeiristas, uma maneira de levar a vida, do moreno alto,
corpo bronzeado, sorriso farto, braços longos e convidativos a um abraço fraternal
e caloroso. O baiano não nasce... Estreia.
Interessante
essa matéria que divido com vocês a respeito da Preguiça baiana com toda sua positividade
e respeito.
Observe o Titulo
PREGUIÇA
BAIANA DÁ DOUTORADO A UMA PAULISTA!!!:
"Preguiça
baiana" é faceta do racismo. A famosa "malemolência" ou preguiça
baiana, na verdade, não passa de racismo, segundo concluiu uma tese de
doutorado defendida na USP. A pesquisa que resultou nessa tese durou quatro
anos.
A
tese, defendida no início de setembro pela professora de antropologia Elisete
Zanlorenzi, da PUC-Campinas, sustenta que o baiano é muitas vezes mais
eficiente que o trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a visão de
que o morador da Bahia vive em clima de "festa eterna".
Pelo
contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais trabalha. Como
51% da mão-de-obra da população atua no mercado informal, as festas são uma
oportunidade de trabalho. "Quem se diverte é o turista", diz a
antropóloga.
O
objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e se
consolidou. Elisete concluiu, após quatro anos de pesquisas históricas, que a
imagem da preguiça derivou do discurso discriminatório contra os negros e
mestiços, que são cerca de 80% da população da Bahia.
O
estudo mostra que a elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma
coincidência. A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista.
A
imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado, por meio da elite
portuguesa, que consideravam os escravos indolentes e preguiçosos, devido às
suas expressões faciais de desgosto e a lentidão na execução do serviço (como
trabalhar bem-humorado em regime de escravidão?).
Depois,
se espalhou de forma acentuada no Sul e Sudeste a partir das migrações da
década de 40. Todos os que chegavam do Nordeste viraram baianos. Chamá-los de
preguiçosos foi à forma de defesa encontrada para denegrir a imagem dos
trabalhadores nordestinos (muito mais paraibanos do que propriamente baianos),
taxando- os como desqualificados, estabelecendo fronteiras simbólicas entre
dois mundos como forma de "proteção" dos seus empregos.
Elisete
afirma que os próprios artistas da Bahia, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso e
Gilberto Gil, têm responsabilidade na popularização da imagem. "Eles
desenvolveram esse discurso para marcar um diferencial nas cidades
industrializadas e urbanas. A preguiça, aí, aparece como uma especiaria que a
Bahia oferece para o Brasil", diz Elisete.
Até Caetano se contradiz quando
vende uma imagem e diz: "A fama não corresponde à realidade. Eu trabalho
muito e vejo pessoas trabalhando na Bahia como em qualquer lugar do
mundo".
Segundo
a tese, a preguiça foi apropriada por outro segmento: a indústria do turismo,
que incorporou a imagem para vender uma ideia de lazer permanente "Só que
Salvador é uma das principais capitais industriais do país, com um ritmo tão
urbano quanto o das demais cidades”.
O
maior polo petroquímico do país está na Bahia, assim como o maior polo
industrial do norte e nordeste, crescendo de forma tão acelerada que, em cerca
de 10 anos será o maior polo industrial na América latina.
Para
tirar as conclusões acerca da origem do termo "preguiça baiana", a
antropóloga pesquisou em jornais de 1949 até 1985 e estudou o comportamento dos
trabalhadores em empresas.
O estudo comprovou que o calendário das festas não
interfere no comparecimento ao trabalho.
O feriado de carnaval na Bahia
coincide com o do resto do país. Os recessos de final de ano também.
A
única diferença é no São João (dia 24 /06), que é feriado em todo o norte e
nordeste (e não só na Bahia).
Em
fevereiro (Carnaval), uma empresa, com sede no Polo Petroquímico da Bahia, teve
mais faltas na filial de São Paulo que na matriz baiana (sendo que o n° de
funcionários na matriz é 50% maior do que na filial citada).
Outro exemplo: a
Xerox do Nordeste, que fica na Bahia, ganhou os dois prêmios de qualidade no
trabalho dados pela Câmara Americana de Comércio (e foi a única do Brasil).
Pesquisas
demonstram que é no Rio de Janeiro que existem mais dos chamados
"desocupados" (pessoas em faixa etária superior a 21 anos que
transitam por shoppings, praias, ambientes de lazer e principalmente bares de
bairros durante os dias da semana entre 9 e 18h), considerando levantamento
feito em todos os estados brasileiros.
A Bahia aparece em 13° lugar.
Acredita-se
hoje (e ainda por mais uns 5 a 7 anos) que a Bahia é o melhor lugar para
investimento industrial e turístico da América Latina, devido a fatores como
incentivos fiscais, recursos naturais e campo para o mercado ainda não
saturado.
O investimento industrial e turístico tem atraído muitos recursos
para o estado e inflado a economia, sobretudo de Salvador, o que tem feito
inflar também o mercado financeiro (bancos, financeiras e empresas prestadoras
de serviços como escritórios de advocacia, empresas de auditoria, administradoras
e lojas do terceiro setor).
(por Girimias Dourado)
Faça
o favor de encaminhar este artigo ao maior número possível de pessoas. Para
que, desta forma, possamos acabar com este estereótipo de que o baiano é
preguiçoso. Muito pelo contrário, somos dinâmicos e criativos. A diferença
consiste na alegria de viver, e por isso, sempre encontramos animação para
sair, depois do expediente ou da aula, para nos divertir com os amigos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Para você tudo de bom e um carinho sempre novo em agradecimento pela sua presença no fim do arco iris. Abraços.