Não escolhi essa comunidade para viver. Muito pelo
contrário. Nasci e cresci no Largo do Papagaio ( Jardim Alvalice), andei muito pela ponte do chush, tendo como pano de fundo a igreja do Bonfim.
E cheguei aqui, na Avenida Juçara, por força das
circunstâncias e nem de longe por um momento, detectei que teria um trabalhão
para “tratar” o lugar e aprender a conviver com pessoas distintas e
desconhecidas. Mesmo depois de tantos
anos ainda não as conheço. E isso
lá se vão alguns anos.
Aqui tem muito suor... Muitas falas... Muitos pedidos... Muitos
investimentos e principalmente exemplos, vividos, enterrados, mas nem assim
consegui despertar o bom senso, o respeito das pessoas que por ventura,
querendo ou não, mostram-se presentes apenas para usufruir das facilidades que
ela ao longo do seu percurso, permite beneficiar a outrem, mesmo sem fazer
parte dessa comunidade, e sem sair da sua zona de conforto.
Refiro-me a um corredor de casas. Adotei essa comunidade,
pois aqui fixei residência, como também essa expressão para desde já quebrar o
tabu da tão desvalorizada denominação, de “beco“, Avenida Juçara, mesmo que sendo real e verdadeira, para programar
no referido corredor, uma serie de ações que nos trouxesse benefícios e
melhorias no acesso como também na imagem, em torná-lo mais agradável aos olhos
dos moradores como também dos visitantes amigos.
A primeira ideia, foi a de valorizar o local, aproveitando
o registro na prefeitura, com CEP, e número
de logradouro.
O aspecto físico deixava a desejar. Daí a razão do meu
jardim verde.
Tudo foi um desafio.
Uma das coisas que mais me causou indignação foi à falta de
respeito de “alguém” quando com força mecânica, deslocou aos poucos, uma jardineira instalada logo na
frente da entrada, no sentido de proteger o acesso, e o energúmeno se incomodou(!!!!)
retirando-a do lugar dando a perceber a pequenez de sua ação. Pura maldade.
Naturalmente que não se faz necessário dizer o que, mesmo
porque quem aqui conhece sabe muito bem das lutas travadas por mim, no sentido
de fazer chamar á atenção dos moradores, para interagir com todos... (dizem que
a união faz a força), participar sugestionando soluções dos problemas
apresentados, quer no descarte de resíduos... Quer na drenagem de águas e
esgoto, cooperar... E manter a varredura de um modo geral, e buscar uma
iluminação pública de melhor qualidade favorável e condizente com a estrutura do
local.
Pense no que todos juntos poderíamos fazer.
Bom... Durante um tempo assim foi, mas quando percebi que
era batalha a ser vencida por uma só lutadora (eu), e só traria resultados
positivos se o enfrentamento fosse feito assim, independentemente de ajuda ou
mesmo a adesão de companheiros dispostos a encarar essa situação, lá se foi
(eu) sem nós para a tal guerra.
Pense: Falta de bom senso, educação, visão de futuro,
expectativa de vida, respeito a si próprio e as demais pessoas, empatia, consideração,
egoísmo, zona de conforto, espirito de pobreza, conflito, maldade e por aí vai.
Lembrando-me também dos sentimentos nascidos de corações e
mentes carentes de tratamento espiritual e educacional... Tipo gozação, pirraça
e a famigerada crítica.
Enfim, diante da atual situação de descaso e abuso, por
conta do espaço ser usado por “vizinhos” mais próximos como extensão dos
quintais de suas casas, mesmo assim, não me darei por vencida, meus trabalhos
vão continuar dando assistência ao mundo verde... kkk...(minhas plantas), e a
limpeza local, pois ainda estou por aqui, mas
agirei com mais sabedoria deixando de ser exigente, perfeccionista, cobradora
de comportamentos alheios no que se refere ao bem estar de todos nessa
comunidade inclusive o meu e da minha família, e no mais fica registrado aqui a minha indignação, esperando que em breve
espaço de tempo, e certamente isso vai ocorrer, as mudanças que estão por vir seja
favorável e ajustável a cada morador que aqui ficar.
E quando daqui eu me for, sei que línguas vão falar o meu
nome e reconhecer que eu fiz parte desse lugar. Coisas que vão ficar e marcar
presença. Parte da história mostra que pequenas ações engrandece e valorizam a
alma e o lugar onde se pisa.
E assim será. Deus no controle de todas as coisas.
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