CLIENTE
CURADO... CLIENTE PERDIDO!!!
A Fluoxetina
dificulta seu sono. Então, prescreve-se CLONAZEPAM, o Rivotril da vida. O
Clonazepam o deixa meio bobo ao acordar e reduz sua memória. Volta ao doutor.
Ele nota que
você aumentou de peso. Aí, prescreve SIBUTRAMINA.
A
Sibutramina o faz perder uns quilinhos, mas lhe dá uma taquicardia incômoda.
Novo retorno ao doutor. Além da taquicardia, ele nota que você, além da
“batedeira” no coração, também está com a pressão alta. Então, prescreve-lhe
LOSARTANA e ATENOLOL, este último para reduzir sua taquicardia.
Você já está
com 35 anos e toma: Fluoxetina, Clonazepam, Sibutramina, Losartana e Atenolol.
E, aparentemente adequado, um “polivitamínicos” é prescrito.
Como o
doutor não entende nada de vitaminas e minerais, manda que você compre um
“Polivitamínico de A a Z” da vida, que pra muito pouca coisa serve. Mas, na
mídia, Luciano Huck disse que esse é ótimo. Você acreditou, e comprou. Lamento!
Já se vão R$
350,00 por mês. Pode pesar no orçamento. O dinheiro a ser gasto em
investimentos e lazer, escorre para o ralo da indústria farmacêutica.
Você começa
a ficar nervoso, preocupado e ansioso (apesar da Fluoxetina e do Clonazepam),
pois as contas não batem no fim do mês. Começa a sentir dor de estômago e azia.
Seu intestino fica “preso”. Vai a outro doutor. Prescrição: OMEPRAZOL +
DOMPERIDONA + LAXANTE “NATURAL”.
Os sintomas
somem, mas só os sintomas, apesar da “escangalhação” que virou sua flora
intestinal. Outras queixas aparecem. Dentre elas, uma é particularmente
perturbadora: aos 37 anos, apenas, você não tem mais potência sexual. Além de
estar “brochando” com frequência, tem pouquíssimo esperma e a libido está
embaixo dos pés.
Para o
doutor da medicina da doença, isso não é problema.
Até manda
você escolher o remédio: SILDANAFIL, TADALAFIL, LODENAFIL ou VARDENAFIL,
escolha por pim-pam-pum.
Sua potência
melhora, mas, como consequência, esses remédios dão uma tremenda dor de cabeça,
palpitação, vermelhidão e coriza.
Não há
problema, o doutor aumenta a dose do ATENOLOL e passa uma NEOSALDINA para você
tomar antes do sexo.
Se precisar,
instila um “remedinho” para seu corrimento nasal, que sobrecarrega seu coração.
Quando tudo
parecia solucionado, aos 40 anos, você percebe que seus dentes estão
apodrecendo e caindo. (entre nós, é o antidepressivo). Tome grana pra gastar
com o dentista.
Nessa mesma época, outra constatação: sua
memória está falhando bem mais que o habitual.
Mais uma
vez, para seu doutor, isso não é problema: GINKGO BILOBA é prescrito.
Nos exames
de rotina, sua glicose está em 110 e seu colesterol em 220. Nas costas da folha
de receituário, o doutor prescreve METFORMINA + SINVASTATINA. “É para evitar
Diabetes e Infarto”, diz o cuidador de sua saúde (?!).
Aos 40 e
poucos anos, você já toma: FLUOXETINA, CLONAZEPAM, LOSARTANA, ATENOLOL,
POLIVITAMÍNICO de A a Z, OMEPRAZOL, DOMPERIDONA, LAXANTE “NATURAL”, SILDENAFIL,
VARDENAFIL, LODENAFIL ou TADALAFIL, NEOSALDINA (ou “Neusa”, como chamam),
GINKGO BILOBA, METFORMINA e SINVASTATINA (convenhamos, isso está muito longe de
ser saudável!).
Mil reais
por mês! E sem saúde!!!
Entretanto,
você ainda continua deprimido, cansado e engordando.
O doutor, de
novo. Troca a Fluoxetina por DULOXETINA, um antidepressivo “mais moderno”. Após
dois meses você se sente melhor (ou um pouco “menos ruim”).
Porém, outro
contratempo surge: o novo antidepressivo o faz urinar demoradamente e com jato
fraco. Passa a ser necessário levantar duas vezes à noite para mijar. Lá se foi
seu sono, seu descanso extremamente necessário para sua saúde.
Mas isso é
fácil para seu doutor: ele prescreve TANSULOSINA, para ajudar na micção, o ato
de urinar.
Você
melhora, realmente, contudo... não ejacula mais. Não sai nada!
Vou parar
por aqui. É deprimente. Isso não é medicina. Isso não é saúde.
Essa
história termina com uma situação cada vez mais comum: a DERROCADA EM BLOCO da
sua saúde. Você está obeso, sem disposição, com sofrível ereção e memória e
concentração deficientes. Diabético, hipertenso e com suspeita de câncer.
Dentes: nem vou falar. O peso elevado arrebentou seu joelho (um doutor cogitou
até colocar uma prótese). Surge na sua cabeça a ideia maluca de procurar um
CIRURGIÃO BARIÁTRICO, para “reduzir seu estômago” e um PSICOTERAPEUTA para
cuidar de seu juízo destrambelhado é aconselhado.
Sem grana,
triste, ansioso, deprimido, pensando em dar fim à sua minguada vida e...
DOENTE, muito doente! Apesar dos “remédios” (ou por causa deles!!).
A indústria
farmacêutica? “Vai bem, obrigado!”, mais ainda com sua valiosa contribuição por
anos ou décadas. E o seu doutor? “Bem, obrigado!”, graças à sua doença (ou à
doença plantada passo-a-passo em sua vida).
Dr. Carlos
Bayma
Tive até que rir desse texto.Mas infelizmente acontece bem assim...E lá vão os que acreditam em remédios ,enfiando goela abaixo inúmeros deles... Adorei! bjs, chica
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