“A impressão
que eu tenho é de não ter envelhecido, embora eu esteja instalada na velhice”.
O tempo é
irrealizável.
Provisoriamente,
o tempo parou para mim.
Provisoriamente.
Mas eu não
ignoro as ameaças que o futuro encerra como também não ignoro que é o meu
passado que define a minha abertura para o futuro.
O meu
passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar.
Portanto, ao
meu passado eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades,
as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo.
Que espaço o
meu passado deixa para a minha liberdade hoje?
Não sou
escrava dele.
O que eu
sempre quis foi comunicar da maneira mais direta o sabor da minha vida.
Unicamente,
o sabor da minha vida.
Acho que eu
consegui fazê-lo. Vivi num mundo de homens guardando em mim o melhor da minha
feminilidade.
“Não desejei
nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos.”
Simone de Beauvoir
Escritora
Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como , foi uma escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política, feminista e teórica social francesa.
Lindo texto e tema compartilhado.Sempre bom pensar nisso! beijos, chica
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