Mensagem do dia

18 outubro 2018

Vamos misturar Política com História

Você sabia que há quase 200 anos, o Nordeste entrou em guerra para se separar do Brasil?
Pois é....Quando se fala nesse assunto, que só ganha notoriedade depois do período eleitoral,  por conta de reconhecer que o povo nordestino tem poder de decisão, a fala e o desejo de separação que parte dos sulistas e sudesistas, vem tornar público parte da história, que muitas pessoas desconhece, no sentido de fazer ver que o nordeste foi quem primeiro  pensou, brigou, lutou, e derramou sangue para que isso acontecesse.

O contexto pós-eleitoral era semelhante ao de agora em relação aos nordestinos.
As discrepâncias entre regiões no resultado da eleição provocaram onda de ofensas a nordestinos, das piadas de mau gosto ao preconceito sem máscaras. Como canal desse sentimento, gravuras do Brasil sem o Nordeste se espalharam nas redes sociais. O que hoje é brincadeira para propagar hostilidade e discriminação já foi parte de um projeto político para a região.

Ao longo de mais de 200 anos, houve possibilidade real de construir um território à parte em estados que hoje compõem essa parte do País. (A região nordeste) Correu muito sangue para evitar que isso acontecesse.
A última delas deixou marcas inclusive no Centro de Fortaleza.

Do que hoje chamamos Nordeste - no que eram conhecidas na época como "províncias do norte" - vieram uma das primeiras ameaças à unidade do País que ainda lutava para se consolidar como independente.

No fim de 1823, dom Pedro I dissolveu a primeira Constituinte do Brasil e outorgou uma constituição centralizadora, que tirava poderes das províncias. (incluindo o nordeste) Por conta disso a revolta se espalhou pelo País, com ênfase em Pernambuco, onde havia ecos da revolução de 1817.
Em 1824, eclodiu a Confederação do Equador, movimento separatista, antiabsolutista, cujo objetivo era criar uma república nas proximidades da linha do equador.

O Ceará nessa época era área de influência política pernambucana.
As duas províncias haviam sido vinculadas até 1799.
Desde os primórdios da colonização, o território pernambucano era importante polo da economia brasileira.
Já a importância cearense era desde sempre periférica. Mesmo assim, o Ceará foi o principal aliado dos movimentos rebeldes que eclodiram no estado vizinho no começo do século XIX.

Além de Ceará e Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte aderiram à Confederação. Houve apoio também em Campo Maior e Parnaíba, no Piauí.
Os líderes da Confederação esperavam adesão de Alagoas - que até poucos anos antes era parte da província de Pernambuco - e Sergipe, que acabara de se emancipar da Bahia. Em Sergipe, o presidente da província, Manuel Fernandes da Silveira, acabaria deposto acusado de colaborar com os revoltosos.

A região que, por volta de meados do século XX, passou a ser chamada de Nordeste foi o centro da economia durante a maior parte do período colonial. Perdeu o protagonismo com a descoberta de ouro em Minas Gerais. Mas manteve papel crucial na agricultura, não só com a cana-de-açúcar, mas também com o algodão e o couro.

O café ainda começava a ganhar espaço na década de 1820, preparando-se para a explosão dos anos seguintes. Aquele "Nordeste", portanto, tinha peso muito maior na economia nacional do que hoje. O processo de esvaziamento que aprofundaria contrastes regionais estava ainda no começo.
Durante a Confederação, a Câmara da vila de Campo Maior, atual Quixeramobim, chegou a declarar, em 8 de janeiro, destituído dom Pedro I e proclamar a República.

  Reação da Capital 
 A reação ao projeto de dividir o Brasil foi furiosa. Foi contratado o mercenário inglês Thomas Cochrane, lorde do império britânico, herói das guerras napoleônicas, que servira a dom Pedro na repressão aos movimentos contra a independência. Em setembro de 1824, Recife se rendeu depois de um banho de sangue. O Ceará continuou a lutar. Vilas foram saqueadas e incendiadas. Cadáveres insepultos se amontoavam. A chegada de Cochrane a Fortaleza, em 1824, levou muitos revoltosos a se renderem.

No antigo Campo da pólvora, atual Passeio Público, foram executados os  Padre Mororó, Pessoa Anta, Feliciano Carapinima e outros líderes.
Por isso, o lugar é conhecido também como Praça dos Mártires. Houve ainda condenados ao degredo na Amazônia ou a trabalhos forçados em Fernando de Noronha. Foi o fim do sonho de uma republica equatorial no nordeste.

Saiba mais: 1 – Desde os primeiros anos de colonização, o atual Nordeste foi alvo de disputa, cobiça e guerra.
E Portugal esteve por um fio de perdê-lo. No começo do século XVll,  após serem expulsos do atual Sudeste, franceses tomaram o que é hoje São Luís(MA). Expulsos, fundaram a Guiana Francesa.

2 – Em 1624, os holandeses que tentaram tomar o Nordeste. Nas décadas de permanência, transformaram a história de Pernambuco e fortaleza.
Fonte: O POVO
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É  isso aí....Portanto meu povo  tenhamos RESPEITO, não por ser parte de um todo, mas  um todo por ser parte,.  Pela sua bravura, pela sua luta, pela sobrevivência, pela sua própria maneira de ser, pelos seus antepassados  e pelas suas crias renomadas que tanto nos alegram com suas músicas, preenchem nossos olhares com suas pinturas e engrandecem a nossa alma com seus contos, poesias e causos. 
Ah! as histórias de jorge amado...
O povo Nordeste agradeçe e eu também. 
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Ah! Deixe lá que se vocês acham bom a separação, imagine o povo nordestino que lutou tanto para isso, deu sangue e vidas,  e vocês nada fizeram ou fazem. . Só falam para denegrie a imagem, rotulando com adjetivos inconvenientes que foge da dura realidade do povo brasileiro. 

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