Mais uma vez o Brasil chora
Carlos
Drummond de Andrade em 1984 escreveu um poema que parecia prever o desastre
provocado pelo rompimento de uma barragem de resíduos minerais na região de
Mariana, no Estado de Minas Gerais no último dia 5 de novembro.
Foi
varrido do mapa o distrito de Bento Rodrigues deixando um rastro de destruição
e a população de várias cidades ao longo do rio que banha 29 em Minas Gerais e
11 no Espírito Santo, como Governador Valadares, que sem água potável espera
ajuda de outras cidades circunvizinhas para matar a sede do seu povo.
No
tempo de Drummond o rio ainda era doce... hoje é lama e desolação em seus 853 quilômetros....o
maior desastre ambiental da região mineira que certamente as gerações de hoje
nunca mais verão o Rio Doce no seu grande esplendor, levando vida e beleza por
onde passava.
Amargamente
continua passando...agora já não tão doce....nem de leva carga, mas cheio de
súplicas e de dor.
“Lira Itabirana”
I
A
Vale? Amarga.
Ai,
antes fosse
Mais
leve a carga.
II
Entre
estatais
E
multinacionais,
Quantos
ais!
III
A
dívida interna.
A
dívida externa
A
dívida eterna.
IV
Quantas
toneladas exportamos
De
ferro?
Quantas
lágrimas disfarçamos
Sem
berro?
Drummond era um poeta que sentia o futuro. Triste o poeta, mas de uma verdade infinda. Olá minha querida amiga a Ilha Azul em seu natal ainda espera por ti. beijos no coração.
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