Mensagem do dia

05 junho 2019

A ponte da minha infância



Tenho por costume  fazer caminhadas matinas pelo orla marítima da Ribeira onde moro e  hoje por mais um motivo relevante, fui ver de perto a destruição de uma ponte, quase que centenária, então já em se tratando de um patrimônio histórico e cultura, haja vista de sua importância na vida das pessoas como eu, que nasci e cresci a sua volta, aproveitando o ir e vir das ondas do mar, que por baixo de seus pilares batia no cais produzindo um som convidativo a reflexão, principalmente porque sobre ela dava para curtir o mais lindo por do sol que deus poderia ter criado para nos presentear em cada fim de tarde.


Juntando tudo isso posso dizer que a minha história de vida tem como por companheira a ponte do crush,  por termos  quase a mesma idade e por eu estar sempre passeando pelas suas estruturas quando criança e adolescente.


Pescando mais informação achei em um blog amigo que “A ponte foi construída sobre o mar, a partir do cais onde se inicia. 



A responsável foi uma indústria americana denominada Monsanto, basicamente fabricante de fertilizantes.”


“Todo conhecimento acerca do local é fruto das histórias que foram herdadas por aqueles que viram o píer ser erguido.

Os antigos moradores de itapagipe garantem que foi no ano de 1948 que a ponte foi inaugurada, para alegria dos banhistas e da empresa Monsanto, que passou a escoar sua produção para o Porto de Salvador, no bairro do Comércio, evitando o caminho por terra, mal conservado e longo à época.

Relatos de moradores coincidem quanto ao fato da empresa, multinacional de agricultura e biotecnologia, ter feito uso de grandes “lanchões” para levar fertilizantes da fábrica ao porto.



Depois da Monsanto, outras fábricas ocuparam o galpão à beira mar, mas vale destacar aqui o período em que a fábrica de refrigerantes Crush esteve instalada em frente à ponte, pois foi esta a responsável por batizar involuntariamente o píer”






Restou só o registro no mural como se fosse um alerta já pre estabelecido pelo autor por conta do que estava por vir. A sua demolição.
Acredita-se, contudo que a popularidade do refrigerante Crush tenha interferido na associação da ponte, passando a chama-la de PONTE DE CHUSH.













































Um comentário:

  1. História é Memória. Relembrar com saudade aquilo que nos forjou para a vida significa reviver a história, a nossa própria, inserida num tempo social, o qual podemos chamar de Temporalidade, e mais, usando a Memória como Fonte da história. Nesse caso, percebo que você se tornou: personagem, narradora, produtora de temporalidade e fonte, tudo ao mesmo tempo. Em síntese:produziu uma História. Parabéns! A nossa querida Cidade Baixa tem uma grande e importante história com a industrialização do Estado. É aí que reside o início do nosso desenvolvimento industrial. Mais um ponto pra você. Continue "respirando" vida, produzindo história. Axé!

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Para você tudo de bom e um carinho sempre novo em agradecimento pela sua presença no fim do arco iris. Abraços.

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