Mensagem do dia

14 julho 2019

Comecei a gostar mais de mim



Quando certa vez acordei  me olhei no espelho e já não era mais a mesma pessoa, eu havia me abandonado. As marcas de expressão me avisaram que deveria me priorizar.

Comecei a gostar de mim quando amigos me abandonaram uma vez que minhas prioridades haviam mudado com a chegada da maturidade, e estas não mais eram convenientes a eles. 
 Aprendi a confiar somente no Sagrado.

Comecei a gostar de mim quando parei de escutar as mentiras ditas pela minha voz interior e estas só serviam para massacrar minha autoestima.

Comecei a gostar de mim quando tomei as rédeas da minha vida, me tornei mais mulher, mais bonita, autêntica, sincera, sem me preocupar com o que o mundo dita como regra.

Comecei a gostar de mim quando senti meu coração disparar de alegria ao assistir as ondas do mar bater nas pedras, mostrando a grandeza e beleza da criação.

Comecei a gostar de mim quando me peguei sensível ao perfume das flores. A delicadeza de suas pétalas me mostrou o quanto à vida é efêmera  e preciso viver cada minuto como se fosse o último.  Chega de não florir e machucar-me com espinhos que eu mesma criei.

Comecei a gostar de mim quando ouvi Jura Secreta,  e chorei convulsivamente.  
Eu deveria ter roubado o beijo que tanto ansiei, deveria ter jurado secretamente e causado a briga que pesava em minha alma sedenta de afeto.

Comecei a gostar de mim quando desvendei que o meu amor próprio é indeclinável, só assim conseguirei compartilhá-lo.

Comecei a gostar de mim quando em meio aos meus fracassos ouvi a voz de Deus e nela não havia condenação alguma, só um doce amor me dizendo que poderia recomeçar tudo de novo quantas vezes fossem necessárias, e que nunca estaria só.

Comecei a gostar mais de mim quando compreendi todas estas coisas e muitas outras que estou desvendando conforme percorro a jornada incrível da minha existência.
Hoje gosto mais de mim apenas por mim!
Marta Ferreira 

05 junho 2019

A ponte da minha infância



Tenho por costume  fazer caminhadas matinas pelo orla marítima da Ribeira onde moro e  hoje por mais um motivo relevante, fui ver de perto a destruição de uma ponte, quase que centenária, então já em se tratando de um patrimônio histórico e cultura, haja vista de sua importância na vida das pessoas como eu, que nasci e cresci a sua volta, aproveitando o ir e vir das ondas do mar, que por baixo de seus pilares batia no cais produzindo um som convidativo a reflexão, principalmente porque sobre ela dava para curtir o mais lindo por do sol que deus poderia ter criado para nos presentear em cada fim de tarde.


Juntando tudo isso posso dizer que a minha história de vida tem como por companheira a ponte do crush,  por termos  quase a mesma idade e por eu estar sempre passeando pelas suas estruturas quando criança e adolescente.


Pescando mais informação achei em um blog amigo que “A ponte foi construída sobre o mar, a partir do cais onde se inicia. 



A responsável foi uma indústria americana denominada Monsanto, basicamente fabricante de fertilizantes.”


“Todo conhecimento acerca do local é fruto das histórias que foram herdadas por aqueles que viram o píer ser erguido.

Os antigos moradores de itapagipe garantem que foi no ano de 1948 que a ponte foi inaugurada, para alegria dos banhistas e da empresa Monsanto, que passou a escoar sua produção para o Porto de Salvador, no bairro do Comércio, evitando o caminho por terra, mal conservado e longo à época.

Relatos de moradores coincidem quanto ao fato da empresa, multinacional de agricultura e biotecnologia, ter feito uso de grandes “lanchões” para levar fertilizantes da fábrica ao porto.



Depois da Monsanto, outras fábricas ocuparam o galpão à beira mar, mas vale destacar aqui o período em que a fábrica de refrigerantes Crush esteve instalada em frente à ponte, pois foi esta a responsável por batizar involuntariamente o píer”






Restou só o registro no mural como se fosse um alerta já pre estabelecido pelo autor por conta do que estava por vir. A sua demolição.
Acredita-se, contudo que a popularidade do refrigerante Crush tenha interferido na associação da ponte, passando a chama-la de PONTE DE CHUSH.













































01 junho 2019

Menina...Mulher...Senhora.


   Afinal...hoje 
é meu aniversário.

 Hoje acordei com um imenso desejo de ser mais eu, de não me cobrar por sonhar, por querer ser feliz a minha maneira. 
Sem regras.

Deu-me uma vontade de voltar a ser aquela menina em flor, que adorava se arrumar, pentear, perfumar e se sentir feminina. 
Ah que delícia se pudesse cantar com os passarinhos, beijar as flores, deitar na grama com uma enorme fita no cabelo.

Também bateu uma nostalgia dos dias no interior quando subia em pés de jabuticaba, manga, amora e voltava de roupa manchada, joelho ralado, mãos meladas, pés sujos, mas com um imenso sorriso largo de quem conheceu a verdadeira liberdade.

Hoje acordei na busca de um mundo onde eu possa me expressar sem medo de retaliações, de expor ideias, contar segredos, quebrar paradigmas. 

Um mundo onde a mulher não precise lutar tanto para ter seu espaço na sociedade de forma justa. Onde não passe por louca somente por pelejar pelo certo.

Deu-me uma vontade de me olhar no espelho e dizer a mim mesma que consigo e posso ir além do que imagino para mim.
Também bateu uma nostalgia dos dias quando ouvia canções de amor, fechava os olhos e corria para o quarto assim poderia sozinha dançar, cantar e acreditar em amor de novela anos 80 e 90.

Hoje acordei decidida a viver intensamente, pois a vida passa como um simples suspirar e tenho muito ainda o que aprender... entregar.

Deu-me uma vontade de deixar meus cabelos brancos aparecerem de vez, de assumir que a energia de outrora é outra mas posso perfeitamente canalizar a novos ideais, sabedora que permaneço com os mesmos valores e princípios que me trouxeram até aqui.

Também bateu uma nostalgia de dias que até o momento não vivi, de experimentar à maturidade em sua essência, de alcançar o inalcançável, de sair de vez dos casulos que subitamente me assombram e ser simplesmente... 
Ainda uma linda borboleta.
Marta Ferreira


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