No Nordeste...não nascemos, estréiamos.

O nosso país geograficamente falando é dividido em regiões  e eu  acreditava até á pouco que, quando se referiam ao povo de uma região em particular, seria para saber da sua descendência, dar naturalidade a sua origem, completando a sua nacionalidade.

Personalizar a sua cidadania.

Observam-se mais uma vez que tudo isso foge as regras de um pensamento natural.

O que se vê é a leviandade da mídia quando se refere ao NORDESTE , também como um divisor de águas na disputa eleitoral pelo comando maior ao nosso país.

Nas  matérias em jornais e revistas que circulam no país, 

o resultado desse processo eleitoral está nas mãos dos  NORDESTINOS que colocam nas suas necessidades básicas a justificativa do seu voto.

A fome, a carência, a falta de educação, a ignorância, os menos informados, os menos favorecidos, os preguiçosos, são rótulos que mostram o quanto somos descriminados, gerando com isso preconceitos e fazendo com que o povo, as PESSOAS que vivem na região NORDESTE,  sejam vistas como marionetes de partido político, que a bem da verdade,  tem sido beneficiado nas campanhas eleitoreiras, haja vista que por aqui  foi dada a largada para a corrida presidencial no segundo turno de um dos candidatos, mas precisamente da candidata Dilma Rousseff.

Contraria assim a vontade dos eleitores votantes do partido adversário transferindo para os NORDESTINOS a culpabilidade do acontecido. 

É justo generalizar tal decisão?

E a  liberdade de expressão.... Onde fica?

Fica então como pré diagnosticado pela mídia que o povo NORDESTINO, é um povo atrasado, diferenciado pelos SULISTAS e SUDESTINOS que fazem parte da elite branca quando exercem o poder do voto com lucidez e consciência plena.

O preconceito ás pessoas é notório e publicamente visível principalmente ao pobre...ao negro...e morador na periferia das cidades.

Escondem-se atrás dessas imagens também o rico... o branco...

o morador nas áreas mais nobres nas cidades que são poupados pelos próprios meios de comunicação.

Afinal... são os rotulados que escancaram as suas realidades mostrando-se verdadeiramente orgulhosos por ser NORDESTINOS.

O preconceito chegou até a fala de um dos principais cabos eleitoral, o ex- presidente Fernando Henrique Cardoso,  quando disse que um determinado partido (PT) tinha crescido nos GROTÕES do país, por falta de informação do povo, referindo-se aos pobres da região NORDESTE.

Mais um rótulo para nós, os NORDESTINOS.

 A briga pelos votos no segundo turno implica em troca de ofensas publicamente vistas nos debates televisivos, voltados para o passado no sentido de buscar os  “podres“ escondidos nas masmorras dos palácios enriquecidos com o dinheiro público, deixando para o futuro, o que realmente interessa aos eleitores também NORDESTINOS.

Enfim... diante de comentários de jornalistas políticos, lidos em vários artigos circulantes nos jornais e revistas no país, tudo nos leva a crê que o povo NORDESTINO será o culpado se  o partido ao governo CONTINUAR a sua trajetória, isso sem mencionar que a elite branca NORDESTINA seja também compactuante com o resultado final.

Fica em evidencia  só a elite negra dos “sem” coisa nenhuma.

Fica aqui registrado o meu repúdio aos sulistas e sudestinos que nos seus escritos demonstraram e incentivaram o preconceito... a desvalorização... a descriminação do nosso povo, grande povo NORDESTINO.

ALÔ... Ô....Ô.....sem citar nomes logicamente porque não precisa, digo,  peça a benção ao NORDESTE, que é o berço dos grandes humoristas, grandes escritores, atores, autores, músicos, cantores, poetas...

Alguém já disse que o baiano... o nordestino, não nasce...estréia.

Não fale mal da minha gente... falar mal da minha gente é como falar mal do Brasil, não o país verde a amarelo, mas do preto e do branco.

Somos um grupo de estados cada qual com suas diferenças e particularidades, cabendo a nós, NORDESTINOS, se fazer respeitar exigindo o respeito merecido pelos SULISTAS E SUDESTINOS.

Com todo o meu respeito.

A propósito visite o blog http://lyahdecastro.blogspot.com e leia em como seria bom se o NORDESTE fosse independente.